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domingo, 6 de outubro de 2013

HONORÉ DE BALZAC

Honoré de Balzac



Existem em arte duas escolas distintas, o clássico e o romântico, que se alternam ou mesmo se misturam desde a antiguidade até os dias de hoje. O clássico prima pela elaboração da forma, enquanto que o romântico se inclina para a expressão exacerbada dos sentimentos. A primeira tem suas maiores expressões no Classicismo grego e na Renascença, seja em literatura, arquitetura, artes plásticas e música. A segunda se pode observar no Romantismo alemão, como a obra de Göethe e a música de Bethoven. O Impressionismo francês representa o classicismo pela pintura de Renoir, Manet, Monet, Degas, etc... e a música de Ravel e Debussy.  A pintura expressionista de Van Gogh é um exemplo típico do romantismo. A música de Chopin, Rachmaninoff e do nosso Villa-Lobos, denotam uma clara mistura das duas escolas. Curiosamente, o jazz de Nova Iorque, como o de john Coltrane, é romântico. Assim como o jazz west-coast de Chet Baker e Gerry Mulligan seriam representantes do clássico. A Bossa Nova é uma manifestação tipicamente neo-clássica, assim como são clássicos Tom Jobim, Marcos Valle e Dori Caymmi , por exemplo. Sendo eu, igualmente, de formação (ou quem sabe de temperamento) neo-clássico, me surpreendo de ter como escritor predileto o romântico Honoré de Balzac. Há 10 meses que venho re-devorando toda a Comédia Humana e me dando conta do incrível conhecimento e capacidade desse artista. Balzac tem não só uma profunda familiaridade com a história da França, como com outras matérias, seja arquiitetura, ciências, artes em geral, política e condição humana. Suas descrições, muitas vezes criticadas pelo prolixismo são, na verdade, encantadoras pela elaboração que manifesta em suas obras. Balzac é, ainda, um tal crítico da sociedade de seu tempo, que se bem tenha uma visão idealista (romântica) da mesma, obteve dos socialistas Karl Max e Engels (clássicos), os maiores elogios quanto a sua visão sobre o assunto.