A lei da dialética que trata do confronto das forças
contrárias que motivam o movimento e estabelecem o equilíbrio, é comum a todo o
universo e se aplica, de uma maneira geral, a todas as situações. Tomem-se os
opostos quente e frio, sólido e líquido, lento e rápido, amor e ódio e,
inclusive, direito e obrigação. Este
último confronto de forças, quando no estado ideal, é responsável pelo
equilíbrio emocional. A consciência dos próprios direitos e das próprias obrigações,
mesmo na ausência de religião ou de fé, pode render um forte senso de código
moral e de ética. A não consciência desses valores gera o desequilíbrio
emocional e abre um campo fértil para os impulsos negativos, senão inúteis,
como ideologias revolucionárias, além de participação em campanhas pro ou
anti-sexos, pro ou anti-aborto, desarmamento civil, cotas raciais, liberação de
drogas, manifestações pro ou anti-impeachment, apoio à lei seca, etc., em vez de
aguardar o curso evolutivo e natural dos processos. O indivíduo desprovido da consciência de seus direitos, em
oposição a suas obrigações, lembra o jovem ou adolescente que ao não ser
atendido em seus direitos e não ser cobrado em seus deveres, acaba por
sentir-se negligenciado e mesmo perdido, o que pode levar aos mais diferentes distúrbios
de ordem emotiva e social.
C.L. Julho de 2015