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sexta-feira, 6 de março de 2015

A BEM DA CULTURA NEGRA



O que mais se conhece da cultura negra são as religiões africanas como Candomblé, trazida pelos negros no período de escravidão e Umbanda, criada no Brasil , na cidade de Niterói em 1917, ambas religiões sincréticas, fortemente ligadas ao Catolicismo romano e outros cultos. Na Bahia todos têm seus orixás ou guias espirituais:  Oxalá, Xangô, Oxum, Ogum, Iemanjá, Oxossi, Iansã, etc. O Oxalá da versão africana se identifica, no Catolicismo, com o Senhor do Bonfim, Xangô com São Jerônimo, Oxum com Nossa Senhora Aparecida, Ogum com Santo Antonio e São Jorge, Iemanjá com Nossa Senhora da Conceição, Oxossi com São Jorge, Iansã com Santa Bárbara e assim por diante. Já no Rio de Janeiro, nem todos são familiarizados com seus guias.  Eu, pelo menos, sei que o meu é Oxalá-Lufã o Velho, uma variação de Oxalá. O culto do Candomblé era proibido pelos colonizadores que pretendiam cristianizar tanto os africanos como os indígenas, além de lograr uma maior submissão dos escravizados. Na Bahia, a proibição teve consequências graves pois os negros Malês, de origem islâmica, possuidores de muito mais cultura que os colonizadores ou qualquer outro grupo escravo se rebelaram, ao não poderem professar livremente sua religião muçulmana e, após um levante sangrento, em 1835, foram derrotados pelas forças oficiais.
Quanto ao sincretismo das religiões africanas, vale a pena lembrar, a bem da cultura negra, que o Cristianismo foi professado pelos negros da Etiópia muito antes de ser religião de brancos que na época eram, na maioria, tribos bárbaras. Era pois, há mais de mil anos, antes das grandes navegações, que no continente africano encontravam-se as populações cristãs mais antigas, prósperas e cultas do mundo. Deve-se aos povos árabes o fato de terem sido destruídos e vendidos como escravos, já que a prática escravagista era perfeitamente permitida pelo Corão.
A bem da cultura negra, vale também mencionar os grandes nomes da cultura  nacional como Machado de Assis que engrandece não só essa cultura como a internacional. E mais ainda, Capistrano de Abreu, o poeta Cruz e Souza, Gonçalves Dias, o Aleijadinho, Lima Barreto e tantos outros. É notável, aliás, que nenhum deles necessitou de cotas raciais universitárias para chegar onde chegou. Muito pelo contrário, possivelmente se sentiriam descriminados e se perguntariam se ao conceder-se benefícios desse tipo a uma raça não se estaria descriminando outras raças como a indígena, por exemplo? Afinal, as cotas só acarretam uma prevenção e desconfiança quanto aos profissionais negros que, mesmo tendo competência, sofreriam suspeita, devido a uma formação acadêmica facilitada pelas cotas raciais. Esse artifício já foi tentado pelos norte-americanos nos anos 80, quando criaram a política de cotas conhecida como affirmative action, garantindo a diminuição de criminalidade na população negra. Uma vez posta em prática, essa operação não evitou o crescimento do racismo e o considerável aumento de crimes, por parte de negros contra brancos - tudo documentado por informes do FBI.
O racismo no Brasil, por sua vez, é mesmo uma coisa muito controvertida. Eu, de minha parte, nunca acreditei que o Brasil fosse um país racista, se bem não há dúvida que exista racismo no país. Haja vista, por exemplo - o amor manifesto do povo, sem descriminação racial, pelos ídolos do futebol, do Carnaval e da música popular. Desconfio mesmo, apesar de arriscar-me a ser suspeito como partidário da teoria da conspiração, que há uma necessidade mórbida em provar a existência do racismo brasileiro, especialmente por certas facções esquerdistas que, seguindo os preceitos de Stalin, tratam de  Explorar todos os possíveis conflitos raciais e lhes dar um sentido de luta de classe. E se não houver conflitos raciais, que se invente um, porque o objetivo é que se estabeleça a dúvida, pelo meio do preconceito, para chegar ao fim político. Segundo eles, Os fins justificam os meios...
C.L. Fevereiro de 2015

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