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quarta-feira, 6 de maio de 2015

GOETHE E JOYCE


Há alguns anos, depois de ler o Dr. Fausto de Thomas Mann, me animei a ler uma tradução de O Fausto de Goethe. Encontrei a do português Antonio Feliciano de Castilho e li até o fim, por disciplina. Terminei me sentindo um pouco o “nascido ontem”, por ter tropeçado, várias vezes, numa difícil tradução portuguesa dos versos do poeta. Recentemente, na recém inaugurada Livraria Cultura do Fashion Mall, adquiri uma nova tradução, desta vez, por uma brasileira, Jenny Klabin Segall, viúva do pintor Lasar Segall. Devorei os dois volumes em menos de um mês, partindo imediatamente, para a releitura das minhas sublinhações. A tradução dos versos é primorosa e o grande achado, são as notas do professor paulista Marcus Vinicius Mazzari, que com tal, nos leva pela mão, através de uma das mais reconhecidas expressões da literatura: o esclarecimento dos mistérios históricos, mitológicos, mineralógicos e ocultistas, entre outros, que nos oferece o poeta através de sua tradutora e de seu comentarista é mais que gratificante. Está ao alcance de qualquer leitor que resolva meter-se com esse assunto. Só tive outra experiência semelhante quando, também, reli Ulisses de Joyce, desta vez tendo à mão o livro de Stuart Gilbert, que faz com o irlandês a mesma coisa que o Prof. Mazzari fez com Goethe. O mito de que Goethe e Joyce são ilegíveis termina, tanto com  a tradução de Jenny Klabin Segal quanto com os textos de seus comentaristas correspondentes, Marcus Vinicius Mazzari e Stuart Gilbert.
Maio de 2015

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