Em arte existem duas escolas distintas: o Romantismo
e o Classicismo. Os Românticos são subjetivos, sentimentais, expressivos,
exuberantes e mais preocupados com o conteúdo do que com a forma. Os Clássicos
são objetivos, racionais, medidos, pesados, contados e se preocupam mais com a
forma que com o conteúdo. Todas as formas de arte se enquadram em uma ou outra
escola. Ou nas duas. Na música os românticos seriam Beethoven, Lizt, Mendelson
e Tchaikowsky, por exemplo. Entre
os clássicos contam-se Bach, Stravinsky e impressionistas como Ravel e Debussy.
Na pintura os românticos seriam abstratos
como Van Gogh, o expressionista. Os clássicos são figurativos como os
impressionistas Renoir, Monet, etc. Na poesia, a maioria dos parnasianos são
românticos, como Olavo Bilac. Carlos Drummond e Fernando Pessoa são tipicamente
clássicos. Na literatura, Dostoievsky e Balzac representam o romantismo
enquanto que Gustave Flaubert, que rolava no chão em busca da palavra certa,
não podia ser outra coisa senão um clássico. No jazz, contam-se entre os românticos:
Charlie Parker, John Coltrane e Stan Getz e, entre os clássicos: Gerry
Mulligan, Chet Baker, Stan Kenton e Modern Jazz Quartet. Na música popular
americana, o compositor Irving Berlin e o cantor Bing Crosby são românticos
enquanto que George Gershwin e Frank Sinatra são clássicos. Até na música
popular brasileira de Escola de Samba encontra-se esta diferença, quando compositores
como Cartola e Nelson Cavaquinho se revelam românticos enquanto Zé Kéti é, definitivamente, um clássico. Mas
também existem os que congregam as duas escolas numa só, Romântico-Clássica,
como Villa Lobos, Rachmaninoff e Rodrigo, na música conhecida como erudita; na
pintura Pablo Picasso; na poesia
Vinicius de Moraes, todos possuidores de um conteúdo romântico mas com forma
clássica. Eu, pessoalmente me identifico mais com o Classicismo que com o
Romantismo mas também, e muito, com aqueles que misturam as duas escolas.
C.L. abril de 2015
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