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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

GLOBALISMO


O Globalismo seria, em tese, uma internacionalização da economia, da política, da cultura e dos direitos sociais. Alguns capitalistas do mercado liberal se fartariam do antigo sistema e se tornariam os megacapitalistas de um novo sistema internacional, global. Os Rockfellers os Fords e a ONU, entre outros, seriam os instrumentos desse processo, afirmando que os governos dos diferentes países, de per si, não dão conta dos recados necessitando-se, portanto, de uma interligação universal apropriada. David Rockfeller chegou mesmo a declarar, numa entrevista, que : “Alguns acreditam que somos parte de um grupo secreto de conspiradores trabalhando contra os melhores interesses dos Estados Unidos, caracterizando minha família e eu como ‘internacionalistas’ e afirmando que conspiramos com outras pessoas ao redor do mundo para construir uma estrutura global política e econômica mais integrada…se quiser chamá-lo assim. Se é esta a acusação, declaro-me culpado e tenho orgulho de minha culpa.” Isso seria, no pensar dos detratores de tal filosofia, a vitória do socialismo esquerdista. Se Marx, pois, afirmava que o Socialismo só poderia acontecer em países como a Alemanha ou Estados Unidos não percebera, em sua época, que isso só viria a ser possível numa escala mundial. Além disso os socialistas que lhe seguiram, como União Soviética, China e Cuba, não são propriamente marxistas mas stalinistas-leninistas e ainda atendidos, financeiramente, pelos megacapitalistas supra-citados, faltando-lhes a consciência dos detalhes e de suas controvérsias. Se a teoria do Globalismo resultar acertada, apesar de tais controvérsias, os sonhadores da justiça social e do capitalismo do Estado poderiam, afinal, contar com alguma esperança para o seu futuro do mundo. Tudo isso me faz lembrar o filme Testemunha da acusação, onde o personagem de Tyrone Power orgulhosamente comentava com seu advogado, personificado por Charles Laughton, ter inventado um aparelhinho que separava a clara, da gema do ovo. O advogado, ceticamente, pergunta: “E isso é desejável?”

C.L.

Outubro de 2015

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