O Globalismo seria, em
tese, uma internacionalização da economia, da política, da cultura e dos
direitos sociais. Alguns capitalistas do mercado liberal se fartariam do antigo
sistema e se tornariam os megacapitalistas de um novo sistema internacional,
global. Os Rockfellers os Fords e a ONU, entre outros, seriam os instrumentos
desse processo, afirmando que os governos dos diferentes países, de per si, não
dão conta dos recados necessitando-se, portanto, de uma interligação universal
apropriada. David Rockfeller chegou mesmo a declarar, numa entrevista, que : “Alguns acreditam que somos parte de um grupo
secreto de conspiradores trabalhando contra os melhores interesses dos Estados
Unidos, caracterizando minha família e eu como ‘internacionalistas’ e afirmando
que conspiramos com outras pessoas ao redor do mundo para construir uma
estrutura global política e econômica mais integrada…se quiser chamá-lo assim. Se é
esta a acusação, declaro-me culpado e tenho orgulho de minha culpa.” Isso seria, no pensar dos detratores de tal
filosofia, a vitória do socialismo esquerdista. Se Marx, pois, afirmava que o
Socialismo só poderia acontecer em países como a Alemanha ou Estados Unidos não
percebera, em sua época, que isso só viria a ser possível numa escala mundial.
Além disso os socialistas que lhe seguiram, como União Soviética, China e Cuba,
não são propriamente marxistas mas stalinistas-leninistas e ainda atendidos,
financeiramente, pelos megacapitalistas supra-citados, faltando-lhes a
consciência dos detalhes e de suas controvérsias. Se a teoria do Globalismo
resultar acertada, apesar de tais controvérsias, os sonhadores da justiça
social e do capitalismo do Estado poderiam, afinal, contar com alguma esperança
para o seu futuro do mundo. Tudo isso me faz lembrar o filme Testemunha da acusação, onde o
personagem de Tyrone Power orgulhosamente comentava com seu advogado,
personificado por Charles Laughton, ter inventado um aparelhinho que separava a
clara, da gema do ovo. O advogado, ceticamente, pergunta: “E isso é desejável?”
C.L.
Outubro de 2015
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