O jovem Marx pensava que uma classe proletária
organizada poderia se prestar à transformação de uma sociedade. Só que a
esquerda, alcançando um certo poder numa nação democrática, encontra um proletariado
que, mesmo em número suficiente, não funciona como classe revolucionária porque
a evolução do capitalismo, ao invés de rebaixá-lo, elevou seu padrão de vida a
um nível de classe média e, portanto, sem interesses revolucionários. Tanto que
a esquerda de hoje já começa a recrutar seu “proletariado” entre os deserdados
da sociedade: marginais, prostitutas, sem terra, juventude transviada, minorias
etc., promovendo lutas de classe, raciais e de gênero.
Ora, quando Marx já mais maduro, declarou que o socialismo
só poderia acontecer em países capitalistas desenvolvidos como Estados Unidos,
Inglaterra ou Alemanha estava, portanto, plenamente consciente da situação da
supra citada classe proletária desinteressada de revoluções. Marx contava,
agora, com a continuidade do desenvolvimento capitalista para alcançar,
eventualmente, o socialismo pela evolução natural, contrariamente ao que
pensavam os marxistas ainda não amadurecidos.
Tomar Marx pelo que pensava ou dizia, antes de evoluir
política e filosoficamente, ou pelo o quê lhe imputam seus detratores ou mesmo
seus pseudo seguidores soviéticos, seria lhe faltar com a devida justiça.
C. L.
Outubro de 2015
Então a propriedade não era mais o roubo?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEssa era uma ideia Stalinista e não Marxista. Marx achava perfeitamente válida a utilização dos bem de consumo.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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