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domingo, 20 de setembro de 2015

ESQUERDA RADICAL E ESQUERDA MODERADA


Desde 1995 que vimos observando, religiosamente, no Brasil os preceitos de Lenin quanto à Estratégia das Tesouras que visa repartir o campo político entre duas formas de esquerda - a radical e a moderada - não deixando espaço para nenhum partido conservador, por menos de direita que seja. Quando Fernando Henrique se elegeu de 1995 até 2002, representava a esquerda moderada tendo a esquerda radical do PT, ao mesmo tempo, como conivente e oposição. Daí em diante, com a eleição de Lula, seguida a de Dilma, a esquerda radical sobrepujou a esquerda moderada e cúmplice de Aécio Neves, permanecendo no governo até o presente momento. Nada teria contra isso não fosse a ausência de uma verdadeira oposição conservadora que, apesar de não ser de minha escolha política, estabeleceria um confronto dialético e democrático, que me é tão caro, e se as ditas esquerdas não fossem de inspiração leninista soviética, o que rejeito terminantemente. O visível e atual enfraquecimento político do PT talvez ofereça para o futuro a oportunidade de um candidato petista mais consistente e, também, evitando-se o constrangimento de um impeachment tão anti-democrático quanto desnecessário, ao mesmo tempo que se permita, afinal, a participação de uma oposição conservadora que espero se distancie, por sua vez, de esquemas suspeitos tipo Jair Bolsonaro.

C.L.


Setembro de 2015

Um comentário:

  1. Eu também aguardo ansiosamente que os que denomino liberais-democratas possam vir a ter uma voz influente no país e participar do debate de ideias. A criação do Novo pode ser essa oportunidade, que certamente enriqueceria a discussão e talvez mesmo possibilite a saudável alternância de poder e visão de Estado, tão comum nas democracias desenvolvidas e consolidadas.

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